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6 dicas para evitar os vícios de linguagem

Veja como garantir uma comunicação mais eficiente, seja em textos acadêmicos, profissionais ou no cotidiano

Por Portal EdiCase Publicado em
Os vícios de linguagem podem comprometer a clareza da mensagem (Imagem: Cast Of Thousand | Shutterstock)
Os vícios de linguagem podem comprometer a clareza da mensagem (Imagem: Cast Of Thousand | Shutterstock)

Celebrado em 10 de junho, o Dia da Língua Portuguesa é uma oportunidade para refletir sobre a riqueza e a importância do idioma que une quase 300 milhões de falantes no mundo. No entanto, mesmo com sua vasta tradição, o português enfrenta desafios diários, especialmente no que diz respeito aos vícios de linguagem, aquelas expressões ou repetições que podem comprometer a clareza e o impacto da comunicação.

Para Silvia Torreglossa, professora do curso de Pedagogia e Comunicação da Faculdade Anhanguera, os vícios de linguagem podem ser um problema quando se tornam rotina e prejudicam a compreensão ou transmitem uma imagem de descuido. “Vícios como o pleonasmo vicioso, o uso excessivo de clichês ou gírias, cacofonia, ambiguidade podem tornar uma mensagem confusa ou cansativa”, explica.

Ela destaca que, apesar de comuns, os vícios de linguagem precisam ser identificados e trabalhados para garantir uma comunicação mais eficiente, seja em textos acadêmicos, profissionais ou no cotidiano. “Dominar a língua é também saber reconhecer e evitar os equívocos que enfraquecem o discurso”, afirma.

Vícios de linguagem mais comuns

Entre os vícios de linguagem mais frequentes, estão:

  • Autologia: em contextos de linguagem e estilo, consiste em repetir ideias desnecessariamente, como em “subir para cima”, “conclusão final” ou “entrar para dentro”;
  • Cacofonia: junção de palavras que cria sons desagradáveis ou engraçados, por exemplo “me dá uma mão”, prejudicando a fluidez do texto;
  • Ambiguidade: quando frases podem ser interpretadas de mais de uma forma, confundindo o receptor;
  • Gerundismo: uso exagerado do gerúndio, como em “vou estar fazendo” em vez de “farei”.

Silvia Torreglossa lembra ainda que o conhecimento sobre a língua deve ser aliado à flexibilidade, já que a linguagem é viva e a por constantes transformações. “Saber quando e como usar expressões de forma adequada faz toda a diferença para uma comunicação clara e eficiente, respeitando as normas e o contexto”, destaca.

menino de camiseta verde sentado com caneta perto da boca e olhando para livro aberto em cima de mesa Os vícios de linguagem podem ser evitados com alguns cuidados (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

Dicas para evitar os vícios de linguagem

Abaixo, a professora lista algumas dicas para evitar os vícios de linguagem. Confira!

1. Evite repetições desnecessárias

Frases como “entrar para dentro” já trazem a ideia implícita, não precisa reforçar.

2. Cuidado com os clichês

Expressões muito usadas perdem força e originalidade, aposte em linguagem simples e direta.

3. Não abuse do gerúndio

Prefira “farei” ao invés de “vou estar fazendo”, para deixar o texto mais enxuto e objetivo.

4. Fique atento à ambiguidade

Reveja suas frases para garantir que não podem ser interpretadas de formas diferentes.

5. Atente-se ao uso de gírias

Existem contextos em que o uso é aceitável. Contudo, em produções formais, como uma redação, as gírias devem ser utilizadas apenas quando estiverem justificadas pelo contexto.

6. Evite sons estranhos (cacofonia)

Às vezes a junção de palavras gera sons desconfortáveis, prejudicando a fluidez da fala ou da escrita.

“Dominar a língua não se resume à memorização de regras gramaticais, mas envolve compreender seu uso adequado, de modo que o fenômeno da comunicação aconteça de forma clara e eficiente, ou seja, que a mensagem seja compreendida, sempre respeitando o contexto”, conclui Silvia Torreglossa.

Por Bianca Lodi Rieg


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